Bem Estar tirou dúvidas sobre a saúde de homens e mulheres e do casal.
Urologista alerta que exame de toque é fundamental para detectar tumores.
Homens e mulheres devem ir ao médico e se preocupar com a saúde, mas se
fizerem isso juntos, o resultado pode ser muito melhor, como recomendou
o ginecologista José Bento
no Bem Estar desta quinta-feira (21). Casais que se acompanham nas
consultas podem se ajudar e até lembrar de fatos que o outro ignora,
principalmente as mulheres, que costumam passar muito mais informações
ao médico do que os homens.
Além disso, como o homem costuma ser muito mais resistente a ir ao
médico, é importante que a mulher incentive e o acompanhe – segundo
dados de uma pesquisa da Sociedade Brasileira de Urologia, menos de 50%
dos brasileiros fizeram uma consulta com o urologista. O ideal, no
entanto, é que eles se examinem a partir dos 50 anos para detectar
precocemente o câncer de próstata – se ele tiver casos na família ou
fatores de risco, como obesidade, deve procurar ajuda aos 45 anos.
Porém, grande parte dos pacientes ainda adia a ida ao médico,
principalmente por causa do receio do exame de toque. De acordo com o
urologista Leonardo Lima Borges, no entanto, como o câncer de próstata
geralmente não dá sintomas no início, esse exame é extremamente
importante para o diagnóstico precoce da doença, junto com o PSA, que é
um exame de sangue. No entanto, um resultado alterado no exame de PSA
não significa um câncer, como alertou o médico, e pode ser apenas um
aumento benigno da próstata.
No caso de câncer, no entanto, se diagnosticado no início, geralmente é
pequeno e de baixo risco – nessa situação, o médico pode só acompanhar a
evolução da doença sem retirar o tumor.
Essa nova orientação é para poupar os pacientes de problemas que podem
surgir a partir da cirurgia, como a incontinência urinária ou até mesmo a
impotência sexual
Além do câncer de próstata, é preciso se preocupar também com o câncer
de testículo. Uma das maneiras de detectar precocemente essa doença é
através do autoexame em casa, para observar se aparecem alterações que
podem indicar um sinal de alerta – o ideal é que o homem faça o
autoexame uma vez por mês, após um banho quente, já que o calor facilita
a observação de anormalidades no tamanho, sensibilidade ou densidade.
De acordo com o urologista Leonardo Lima Borges, é preciso observar
sensação de peso no escroto, dor na parte inferior do abdômen ou virilha
ou desconforto no testículo.
O médico explicou que, na hora de se autoexaminar, o homem deve ficar
em pé na frente do espelho e verificar se há algo em alto relevo na pele
do escroto – se um testículo for maior do que o outro, geralmente isso é
normal e não indica nenhum problema. Os tumores malignos geralmente se
localizam lateralmente aos testículos, mas podem ser encontrados na
parte debaixo.
A preocupação com a saúde masculina existe também durante a gestação da
mulher – na USP de Ribeirão Preto, pesquisadoras criaram uma espécie de
pré-natal dos homens, onde o pai acompanha a evolução do bebê e também
faz exames para detectar doenças sexualmente transmissíveis, como
sífilis, Aids e hepatite, por exemplo. Além disso, ele pode cuidar de
outros problemas de saúde, como mostrou a reportagem da Larissa Castro.
No caso das mulheres e futuras mamães, também é necessário tomar alguns
cuidados e ir ao médico, como ressaltou o ginecologista José Bento.
Como maneira de detectar precocemente o câncer de mama, o ideal é que as
pacientes façam a mamografia a cada 2 anos entre os 50 e 69 anos, ou de
acordo com a recomendação médica. O médico alertou ainda quem a maioria
dos nódulos na mama não significam câncer.
O ginecologista José Bento alertou ainda sobre os problemas na vida
sexual dos casais. De acordo com o médico, o diálogo com o companheiro
ou companheira é o primeiro passo para enfrentar problemas durante o
sexo.
Complicações como falta de ereção( causada pela falta de hormônio) ou ejaculação precoce podem ser
causadas por diversos fatores, como ansiedade, excesso de trabalho,
preocupação com a performance sexual, preocupações familiares, diabetes,
problemas vasculares e até a falta de diálogo com o companheiro. Se for
um problema físico, o casal deve procurar um urologista ou
ginecologista; se for outro problema, um psicólogo ou psiquiatra.
fonte:
http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2013/11/cancer-de-prostata-nao-da-sintoma-e-exame-ajuda-no-diagnostico-precoce.html
A expressão idade da loba ficou conhecida por designar a mulher que
chega aos 40 anos. Existem diversas interpretações sobre o que isso
significa, mas a ideia principal é de que a mulher nessa faixa etária
estaria mais ativa, madura, livre e até mesmo voraz do ponto de vista
sexual.
Popularizada nos anos 1990, será que essa expressão ainda faz sentido
nos dias hoje, décadas depois da emancipação feminina? As mulheres e os
especialistas entrevistados por UOL Comportamento não têm uma opinião unânime.
Para a psicóloga Regina Beatriz Silva Simões, especialista em sexologia
clínica e autora do livro "A Mulher de 40" (Editora Gutenberg), a
comparação ainda é válida. Partindo dessa analogia, Regina acredita que o
lobo transmite a imagem de um animal forte, vigoroso e desenvolvido. "A
mulher nessa idade é como uma loba, está pronta, atenta, já sabe o que
não lhe faz bem", diz.
Já para a psicanalista Lígia Guerra, escritora e comentarista na área de comportamento feminino, a expressão perdeu um pouco o sentido com as
transformações ocorridas nos últimos anos. "Vejo que a mulher não quer
perder tempo em nenhuma idade, seja aos 20 ou aos 60", afirma.
O final do ciclo reprodutivo, que geralmente ocorre nessa faixa etária,
entre os 45 e 50 anos, marca a chamada idade da loba. Antigamente, era
somente após esse período, depois de criar os filhos, que a mulher tinha
mais liberdade para desfrutar da própria vida. "Hoje, ela equaciona
tudo isso junto com a carreira. Tempos atrás não havia essa preocupação.
A mulher ficou mais dinâmica", acrescenta Lígia.
Alterações fisiológicas
Existe o mito de que com o aumento da idade surge também uma maior
necessidade sexual, na fase em que o corpo feminino ainda está
exuberante, como se fosse um último suspiro antes da decadência
hormonal. "Há mulheres de todos os tipos aos 40 anos, mesmo do ponto de
vista fisiológico", desmistifica Ramon Moreira, ginecologista e
coordenador do Departamento de Sexologia da CMMG (Faculdade de Ciências
Médicas de Minas Gerais).
Segundo o médico, nessa faixa etária, acontece o climatério, período
que antecede a menopausa, porém as alterações não são as mesmas para
todas. "Há mulheres com hormônios estrogênios dentro dos limites de
normalidade até quase 50 anos e outras com redução já aos 40", cita. O
ginecologista também diz que a testosterona pode aumentar ou diminuir e
que o padrão sexual é algo que se forma ao longo da vida, conforme a
cultura, o grau de liberdade e outros fatores que vão além dos aspectos
fisiológicos.
Para a jornalista e escritora Andrea Franco Lopes, autora do livro "40,
Sim! E Daí?" (Matrix Editora), os 40 anos são significativos, inclusive
em relação à sexualidade. "A mulher de 40 anos está menos submetida a
reflexos de uma educação que não a estimulou para uma vida sexual. Está
mais audaciosa, se permite e ousa mais", afirma.
Na visão dela, a idade da loba diz respeito à emancipação feminina e a
um comportamento menos passivo. Andrea conta que resolveu escrever o
livro para quebrar o preconceito da sociedade que muitas vezes vê a
mulher acima dos 40 anos como velha. "Eu queria mostrar que uma mulher
pode ser bonita, feliz, produtiva e atuante também aos 40 e não só com
18, 20 anos", revela.
Os especialistas concordam que, de maneira geral, nessa faixa etária,
há um desejo de não perder tempo e realizar sonhos e vontades, sem tanta
preocupação com o julgamento alheio. "A mulher aos 40 tem uma urgência
maior de vida, que vai se refletir na sexualidade. Porque ela quer
vivenciar a vida com mais intensidade", diz Lígia Guerra.
Além disso, na opinião de Regina Simões, é comum que exista uma
tranquilidade maior na entrega sexual, em decorrência das experiências
passadas e de saber dizer melhor "sim" ou "não". "A mulher de 40 é bem
diferente da de 20. É mais ousada, tranquila e até inquieta, por não ter
ousado tanto ainda", diz.
Muitas mulheres na idade da loba ainda estão no auge da beleza física.
Neste ano, a atriz espanhola Penélope Cruz foi eleita, aos 40, a mulher
mais sexy do mundo pela Esquire, revista norte-americana.
Um corpo ainda jovial aliado a uma maior autoconfiança acaba atraindo
com frequência homens mais jovens. "Ela transmite uma segurança que a
garota de 20 não tem. E nada mais atraente para um homem do que uma
mulher segura", fala Lígia.
Por outro lado, a psicóloga, também autora do livro "Mulher às Avessas"
(Editora Sextante), ressalta que o interesse delas pelos jovens
acontece em função do vigor e da atenção que eles costumam direcionar a
elas. "Às vezes, a mulher entra em um espaço de invisibilidade para os
homens da idade dela, que não a olham como um garoto de 20 anos olha.
Isso seduz, ela se sente desejada, valorizada", explica.
Mesmo que o papel de loba continue valendo para algumas mulheres, a
maneira de vivenciar esse período mudou, principalmente na última
década, na opinião da psicóloga Regina Simões, que atende o público
feminino em seu consultório há 32 anos. "Elas ficaram mais calmas para
escolher o parceiro e definirem o que querem da vida. É muito
corriqueiro que mulheres nessa faixa etária ainda estejam pensando se
vão ou não constituir família", constata.
LINK:http://mulher.uol.com.br/comportamento/noticias/redacao/2014/11/18/idade-da-loba-e-mito-ou-verdade-veja-analise-e-opine.htm