Algumas sensações e desconfortos são comuns para quem passa pela cirurgia. Confira
Fernanda Carpegiani
Apesar de o parto normal ser a melhor opção para o bebê nascer, há
mulheres que, pelo bem da sua saúde e a do filho, têm de fazer uma cesárea. Por
ser uma cirurgia, esse tipo de parto tem algumas particularidades.
Saiba quais são elas para não se assustar na hora – e nem depois.
1. De olhos bem abertos
Se você acha que vai dormir por causa da anestesia, está
enganada! Não são usados sedativos durante o parto cesárea, porque, se a
mãe é sedada, o bebê também é. Você estará consciente o tempo todo (até
para ver o rostinho do seu filho pela primeira vez), mas não vai sentir
dor.
2. Vão colocar uma sonda em você...
...mas não se preocupe! É logo depois da anestesia, então não
vai sentir nada. Ela é necessária para esvaziar a bexiga, já que você
vai passar algum tempo deitada durante e após a cirurgia.
3. Puxa-empurra durante o parto
A anestesia vai fazer com que você não sinta dor, mas, como ela
não é geral e não tem sedativos, você pode ter algumas sensações. Na
hora em que o bebê vai nascer, o médico faz força para posicioná-lo e
ajudá-lo a sair e você pode sentir umas mexidas. Mas nada de dor!
4. Você pode ficar enjoada
Como você vai ficar deitada, a barriga pode comprimir a veia
cava e causar náuseas e queda de pressão. Os analgésicos também podem
ter esses efeitos. Sentiu-se mal? Avise o anestesista. Ele vai pegar uma
veia sua antes da cirurgia e é por ali que vão entrar os medicamentos
necessários para corrigir qualquer alteração no seu metabolismo. O
mal-estar pode surgir também depois do parto.
5. Tem algo queimando aqui?
Se você sentir um cheiro de queimado, não se assuste: é o
bisturi elétrico. Ele é usado em quase todas as cirurgias e o odor é por
conta da cauterização dos tecidos.
6. Será que fiquei com as pernas abertas?
Antes da anestesia, você fica com as pernas abertas para que
logo depois seja colocada a sonda. Como o cérebro decora a última
sensação antes da anestesia, pode parecer que as suas pernas continuam
abertas durante a cirurgia. Mas é só uma impressão, porque assim que a
sonda está no lugar certo, os auxiliares fecham as pernas da paciente.
7. Leve tremedeira
Pode ser nervoso, frio ou até efeito da anestesia (que causa
perda de calor), mas o fato é que você pode tremer quando sair da sala
de cirurgia. Os médicos sabem disso e, por isso, sempre colocam uma
coberta antes da paciente ir para sala de recuperação. Fique tranquila,
porque passa rápido!
9. Coceira no nariz
A
morfina usada na anestesia pode provocar uma coceira no corpo e no
rosto, mas isso é normal e passa em 24h. Se for muito intensa, o seu
médico pode receitar medicações adequadas para cessar o desconforto.
10. Inchaço nos pés e nas mãos
Com o acúmulo de líquidos que acontece no seu organismo durante a
gestação, é normal que você fique inchada nos primeiros dias depois do
parto, principalmente nos pés e nas mãos. Apesar de ocorrer também em
quem teve parto normal, é mais frequente nas mulheres que tiveram parto
cesárea, porque a grávida fica mais imobilizada depois da cirurgia.
Depois de uma semana, você começa a desinchar, mas repouso e drenagem
linfática podem ajudar.
11. Sua pressão pode cair ao se levantar
O jejum, as horas deitadas e os efeitos dos medicamentos podem
fazer você ficar tonta na primeira vez que se levantar depois do parto. O
ideal é ficar sentada na cama de 10 a 15 minutos antes e ter a ajuda de
uma enfermeira nesse momento.
12. Mais remédios
Para controlar a dor e melhorar a sua recuperação, você vai
continuar tomando alguns medicamentos em casa, como analgésicos e
antiinflamatórios, por até sete dias. Mesmo assim, durante um mês, é
normal sentir fisgadas ou dores no local da cirurgia de vez em quando.
13. Um passo de cada vez
Lembre-se
de que você acabou de passar por uma cirurgia, então é preciso tomar
cuidado com movimentos bruscos. Não há problema em fazer caminhadas e
atividades normais da casa, mas nem pense em abaixar e pegar peso. E
dirigir... somente após 20 dias do parto. Se você pratica exercícios
mais localizados, volte aos poucos e só depois de dois meses.
Fontes: Fernanda Couto Fernandes, obstetra da Unifesp; Roseli Canegusuco, enfermeira obstétrica do Hospital Albert Einstein e Daniela Maeyama, ginecologista do Hospital São Luiz
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Muito interessante!
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