sexta-feira, 9 de novembro de 2012

VERDADES OU MENTIRAS SOBRE SEXO ANAL





 A penetração anal ainda é um tema polêmico na sociedade contemporânea e por isso existem diversos questionamentos em relação ao prazer, dor e preparação. Tire todas as suas dúvidas a respeito da prática do sexo anal que é cercada de mitos e sinta-se livre (e preparada) para aproveitar, ao máximo, todo o prazer que ela pode lhe proporcionar!
E, não esqueça: Apesar de não ser possível engravidar durante o ato, o uso da camisinha é indispensável, já que o risco de contrair Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) também se faz presente nesse ato. Confira as dicas a seguir!
 
*Dói muito?
Feito corretamente, não. Já, se não houver lubrificação adequada, ainda mais durante um ritmo de penetração muito intenso, ou se ficar nervosa, a mulher pode sentir dores no decorrer do ato, sim. De acordo com Celso Marzano, urologista, sexólogo e autor do livro O Prazer Secreto (Editora Eden – SP), por ser uma região com muitas terminações nervosas, o ânus tende a se contrair quando recebe um ‘corpo estranho’. “Por isso, é preciso estar bem relaxada para que seu parceiro introduza, primeiramente, o dedo médio em seu ânus, fazendo movimentos circulares e moderados, para, só depois, começar a penetração peniana”, explica Carla Cecarello, sexóloga e coordenadora do projeto Ambulatório de Sexualidade (SP). “Essa estimulação também pode contar com o apoio de vibradores ou plugs anais, acessórios sexuais desenhados especialmente para serem inseridos no reto”, conta Marzano. Vale lembrar que, quanto mais tensa você ficar, mais sua musculatura anal irá se contrair e, consequentemente, a prática será menos prazerosa.


*Sai fezes?
Nem sempre. “É comum que algumas surpresas desagradáveis aconteçam. No entanto, não é uma regra. O importante é que tanto a mulher quanto o homem sejam maduros o suficiente para saber que, se optaram por essa prática, estão vulneráveis a esse tipo de imprevisto”, revela Carla. Por outro lado, você pode evitar que resquícios fecais saiam durante a penetração. “A lavagem do ânus – popularmente conhecida como ‘ducha’ ou ‘chuca’ – não é o procedimento mais indicado, já que tende a irritar a mucosa anal e deixar a região ainda mais sensível e exposta a ferimentos e infecções”, explica. O melhor é ir ao banheiro antes da relação, evacuar o máximo que conseguir e, depois, lavar a região com um sabonete neutro.


*Afrouxa o ânus?
Depende. “Se a velocidade ou pressão dos movimentos na hora da penetração for intensa ou se a mesma for feita com muita frequência, as chances de ocorrerem fissuras anais são maiores” alerta a especialista. Hemorróidas também podem aparecer e, nesse caso, a prática deve ser evitada. “Pequenos rompimentos de vasos internos podem ocasionar a saída de um pouco de sangue do ânus. Mas caso o sangramento for abundante e não parar algumas horas depois, procure imediatamente um médico”, alerta a especialista.


*Dá pra chegar ao orgasmo?
Com certeza! “Devido às inúmeras terminações nervosas e à intensa irrigação de sangue presente no local, o ânus é considerado uma zona erógena do corpo”, afirma Carla. Portanto, a prática pode ser tão satisfatória quanto o sexo vaginal. “Vale, no entanto, ficar atenta a alguns pontos. É essencial que a mulher esteja bem à vontade e bastante excitada. O parceiro, por sua vez, deve ser cuidadoso e muito paciente. E, por fim, é ideal que ambos tenham intimidade o suficiente para realizar a prática sem nenhum tipo de encanação”, salienta a sexóloga. Outras dicas: a possibilidade do orgasmo torna-se ainda maior quando o clitóris é estimulado, seja pelo parceiro ou pela própria mulher. Iniciantes devem tentar fazer – principalmente se for a primeira vez – na posição de “conchinha”, pois dessa forma a penetração não é tão profunda.


*É preciso usar lubrificante?
Sim. “Diferentemente da vagina, o ânus não conta com lubrificação natural. Os produtos recomendados são os compostos à base d’água, já que não têm contra indicação e possuem menor risco de irritações e alergias”, garante Carla. Já cremes hidratantes, géis à base de álcool, hormônios, vaselina, xilocaína e até mesmo a saliva não devem ser utilizados para facilitar a penetração, pois podem agredir, corroer e até anestesiar a região – o que pode impedir o prazer e o controle do ânus.

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