De acordo com as Estatísticas de Registro Civil do IBGE, o tempo de duração do casamento no Brasil tem caído. Em 2012, a média era de 15 anos, enquanto no ano anterior, os relacionamentos registrados em cartório duravam 17. De acordo com a psicanalista Tatiana Ades o fator está relacionado à modernidade, que deixa as relações mais fluídas e menos estáveis. Para reverter o jogo e garantir que a partilha dure mais tempo, a especialista conta que tão importante quanto o amor, o respeito ou a vontade de estar junto é a definição de um contrato.
A ideia é subjetiva, mas, na prática, funciona como um limite ou um conjunto de regras estabelecido pelo do casal. “É sempre preciso estar claro onde cada uma das partes quer chegar, e isso envolve decisões sobre ter ou não filhos, tempo de dedicação ao trabalho, perspectiva de mudar ou não de cidade, vontade de construir uma família e até configuração do relacionamento”, explica Tatiana.
Para estabelecer esse contrato, a psicóloga da algumas dicas. “Ao sentar para conversar, é como estipular regras. Os dois devem se perguntar o que querem e o que não querem, o que é aceitável e o que é inadmissível e o que sonhar para daqui 5, 10, 15 e 20 anos para todos os aspectos da vida, como família, trabalho e crescimento pessoal e profissional”, comenta. Assim, além de deixar todas as expectativas claras – fator que contribui para poder cobrar o cumprimento delas e o respeito futuramente – o casal ainda entra em sintonia.
Mas, Tatiana também faz um alerta. “Esse contrato é imprescindível, mas ele não elimina a necessidade do carinho, da atenção, do companheirismo e do respeito. Ele norteia uma relação, mas ela deve ser preenchida com outras qualidades”, completa.
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