- As pessoas cada vez mais, estão percebendo a necessidade de se voltarem para o cuidado com os relacionamentos, com as nossas características humanas que estão já há muito tempo sendo negligenciadas, esquecidas, reprimidas.
- Diante de tantos acontecimentos assustadores que diariamente tomamos conhecimento, cresce a vontade de se ter tranqüilidade, de se sentir bem estar, de se conseguir ser feliz, de se viver de maneira mais harmoniosa.
- Queremos e precisamos de demonstrações sinceras de afeto, de bem querer. Estamos percebendo que a nossa carência é incômoda, que por mais que adquirimos bens materiais, ela não diminui de verdade, apenas atenua um pouco, e por pouco tempo.
- Durante muito tempo, houve uma corrida enlouquecida, desatinada, direcionada unicamente para a evolução intelectual, para se obter sucesso, respeito profissional, enriquecimento material.
- A competitividade é estimulada em todos os setores, de uma forma extremamente convincente. Somos estimulados a enxergar como possíveis inimigos, e tratar como adversários, como rivais, não só aqueles com quem convivemos no local de trabalho, ou aqueles que encontramos pelas ruas. Mas a todos os que nos cercam.
- São parceiros afetivos, ignorando a importância de se ser cúmplices e companheiros na relação, e se posicionando nos relacionamentos, como adversários, cada um querendo superar, e quando for o caso, até mesmo derrubar e passar o outro para trás. Ou impedi-lo de crescer, de desenvolver e usar suas capacidades.
- São mães competindo com as filhas, pais competindo com os filhos, e vice versa. Para alcançar aquilo que dizem ser a vitória: ser melhor, mais bonito, mais inteligente, mais produtivo, mais eficiente, mais bem colocado no âmbito profissional.
- São tantos mais que devemos ser, para nos sentirmos vencedores de alguma coisa nesta competição enlouquecida que ingressamos! E como resultado, deixamos de AMAR e SER AMADO(a) e com isso estamos cada vez mais, constantemente ansiosos, temerosos, desconfiados, solitários, depressivos e com medo!
- E menos seguros, menos tranqüilos, menos felizes. E distantes de tanta coisa realmente importante e satisfatória.
- Quantas vezes nós deixamos de dizer palavras afetuosas para as pessoas que amamos. Para não corrermos o risco de nos sentirmos por baixo, não fortalecer o ¨inimigo¨ e como conseqüência, quantas demonstrações de verdadeiro afeto deixamos de receber!
- E como nos sentimos mais fracos e frágeis pela ausência de carinho, de nos sentirmos amados! Quanta dificuldade temos, em expressar os sentimentos bons que trazemos dentro de nós! Como, muitas vezes, é bem mais fácil sermos ríspidos e agressivos com as pessoas com as quais convivemos. Para reforçar a carência, o sentimento de baixa auto estima dos ¨adversários¨, e assim me fazer ter a falsa impressão de que ¨estou por cima¨, na frente, ¨dando as cartas¨, detendo o poder!
- E nós ficamos querendo e tendo tanto amor, nos sentindo tão carentes, tão necessitados de afeto e respeito.
- E com toda certeza, quem está do nosso lado também!
Maria Aparecida Francisquini
Psicóloga
Psicóloga
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