sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

CONVERSANDO COM SEU FILHO SOBRE SEXO


Em geral, para os pais a vida sexual na adolescência é sempre motivo de preocupação - e acabam levando um susto ao saber que os filhos transaram.
A dificuldade para falar sobre o assunto ainda é grande. Pensamos o sexo a partir de nossos próprios preconceitos e proibições, e assim passamos essa ideia para as futuras gerações.

Para alguns pais, falar com os filhos sobre sexualidade é aguçar o desejo e incentivar o sexo em idade precoce. Alguns proíbem a participação nas aulas de orientação sexual como tentativa de retardar o início da prática. Mas hoje a garotada começa por volta dos 14 anos, e outros ainda antes, aos 12 anos.
O desejo sexual é natural e um dia irá desabrochar – hormonalmente e psicologicamente. Mais cedo ou mais tarde, nossos filhos viverão experiências sexuais; não serão os nossos bebês para sempre.
As conversas ajudam o jovem a conhecer sua natureza, cuidar do corpo, preservar seu futuro, se proteger contra abusos, fazer suas escolhas e pensar no sexo sem tabus ou preconceitos.

 Quando a criança pergunta sobre o assunto e você oferece a ela a resposta verdadeira, está educando-a de maneira correta. Porém, muitas vezes os pais não sabem lidar com algumas perguntas dos filhos referentes a sexo, estudos indicam que talvez por vergonha ou pela educação que receberam, eles não respondem corretamente. Grande parte dos pais, podem não ter tido esclarecimentos sobre o tema em sua adolescência, assim acabam deixando por conta da escola,os amigos e até mesmo a internet a educação sexual do filho. Entretanto, é no ambiente familiar que a criança pode obter a maior parte da educação e correta. Isso acontece quando os pais oferecem espaço para que as questões sejam colocadas e as respondem com simplicidade, de maneira que a criança compreenda, considerando seu nível de maturidade, bem como suas necessidades emocionais.

Segue abaixo algumas dicas para você superar a timidez e conversar sobre sexo com seu filho:

• Observe sua atitude. Se você diz ao seu filho que sexo é natural e suas reações denotam o oposto, ele as percebem sob forma de informação. Essas reações podem ser: o tom de voz, a segurança nas informações, se está à vontade ou não;

• Não existe uma idade “certa” para ter esse diálogo com seu filho. Ele mesmo dará indícios de que está pronto para falar sobre o tema, ao fazer a primeira pergunta;

• Não estimule a criança a fazer perguntas sobre sexo. Deixe-a à vontade;

• Não ofereça respostas insuficientes, pois a criança continuará perguntando ou procurará obter as respostas em outros ambientes, talvez não muito confiáveis. Nunca minta para o seu filho, posteriormente isso pode fazer com que ele não queira mais falar sobre sexo no contexto familiar.


Nossa educação sexual reflete diretamente na educação e orientação de nossos filhos. Por isso, precisamos conhecer nossas próprias dificuldades, medos e culpas. Só assim conseguiremos interagir adequadamente, transmitir segurança e apoio nesse momento tão delicado, onde tudo é novidade.
Muitos pais evitam o assunto com medo da reação do adolescente, que por vezes os deixam falando sozinhos ou cortam o papo no início. Essa é uma atitude defensiva com medo do julgamento, da proibição ou da dificuldade para escutá-la.
O que você faria se encontrasse uma camisinha na gaveta do seu  filho(a)? Por mais que seja dolorosa essa descoberta isso mostra sinais de responsabilidade e cuidados com sua saúde sexual. Pare de pensar e parta para a ação.
Leva-lo ao médico é necessário e pode ajudar com a abordagem da prevenção e cuidados. Mandar artigos retirados da internet ou assistir com ela(e) programas na TV voltados para a sexualidade pode ser o gancho para iniciar um papo legal.

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